O rapper DaBaby está tentando se redimir após causar polêmica com seus comentários homofóbicos e sorofóbicos durante uma apresentação no final de julho. No final da semana passada o cantor se encontrou com nove organizações de caridade referentes ao HIV para se educar em relação as pessoas que convivem com a doença.
O convite foi feito pelas próprias organizações, que mandaram carta para o rapaz de 29 anos chamando-o para conhecer a realidade das pessoas que convivem com o vírus. Marnina Miller, da Southern AIDS Coalition, disse que somente a boa vontade de DaBaby de comparecer à reunião foi um “exemplo positivo” para outras pessoas. “Durante nossa reunião, ele estava genuinamente engajado, desculpou-se pelos comentários imprecisos e ofensivos que fez sobre pessoas vivendo com HIV e recebeu nossas histórias pessoais e a verdade sobre o HIV e seu impacto nas comunidades negras e LGBTQ com profundo respeito”, disse ela em entrevista.
A reunião incluiu representantes do Black AIDS Institute, Gilead Sciences COMPASS Initiative, Centros de Coordenação, GLAAD, National Minority AIDS Council (NMAC), The Normal Anomaly Initiative, Positive Women’s Network-USA, Prevention Access Campaign (U = U), Southern AIDS Coalizão e Grupo Transinclusivo.
O artista tem sido alvo de críticas desde o dia 25 de julho, quando fez comentários homofóbicos durante um show em Miami. Na ocasião, o cantor criticou relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e chegou a afirmar que portadores do vírus HIV “morreriam em três semanas”. Após a repercussão negativa, o rapper disse em uma rede social que havia sido “mal interpretado”. Em seguida escreveu que “quem já foi afetado pela AIDS/HIV tem o direito de ficar chateado, o que eu disse foi insensível mesmo” e pediu desculpas. Já em relação à comunidade LGBTQ+ afirmou: “O que vocês fazem não é da minha conta”.
Por conta das declareções, ele foi retirado do line-up do Lollapalooza. O rapper também foi retirado da programação dos festivais Governors Ball e D N Vegas, que serão realizados em Nova York e Las Vegas, respectivamente. Em comunicado publicado no Twitter nesta segunda-feira, a organização do Governors Ball afirmou que “não tolera ódio ou discriminação de qualquer tipo” e acrescentou: “Damos as boas-vindas e celebramos as diversas comunidades que fazem de Nova York a maior cidade do mundo. Obrigada aos fãs que continuam lutando pelo que é certo. Junto de vocês nós vamos continuar usando nossas plataformas para o bem”.