O nome do ator Victor Fasano voltou a ser assunto nas redes sociais na madrugada desse sábado, 11. Alguns internautas resgataram uma polêmica entrevista do ator dada à revista Veja em 1995. No papo, o ator comenta os rumores sobre sexualidade já no título: “Não sou gay”. A entrevista, conduzida pelo jornalista Alfredo Ribeiro, que na época assinava as reportagens como Tutty Vaquez, é cheia de falas preconceituosas. “Você está querendo saber se sou homossexual, pois eu lhe digo: não sou homossexual” afirma em um trecho. “É quase impossível uma união entre dois homens e duas mulheres. Não conheõço nenhum casal homossexual feliz. Será que estou errado”.
Na época, o ator protagonizava a novela Cara & Coroa na Globo, emissora que ingressou em 1990, após fazer sucesso como modelo. Era bem comum atores gays esconderem sua condição nessa época para não perderem trabalhos como galãs. Uma das falas mais chocantes das famosas “páginas amarelas” diz respeito ao nazismo. “Algumas ideias nazistas são excelentes (…) O burro, o incompetente, o que foi comido pelo leão não vai passar o gene para frente. Nisso, Hitler tinha razão”, revelou Victor Fasano, usando a ideia nazista sobre a teoria da evolução darwinista.
O assédio das mulheres também foi comentado. “Não é porque todas as mulheres do mundo querem ir pra cama comigo que eu tenho que deglutí-las. Esse não é o meu estilo, não sou um guloso”. Em outro momento, ao repetir que não é gay, , Fasano disparou sobre caso envolvendo Michael Jackon: “Se as pessoas acham que sou homossexual ou bissexual, o problema é delas. O artista deve ter direito à privacidade. Michael Jackson foi crucificado por tentar seduzir um garoto, mas acho que a mãe do moleque é que induziu o filho a ter um caso com o cantor para ganhar dinheiro”.
Segundo o site Conjur, os advogados do ator alegaram na justiça que a entrevista foi distorcida.“De acordo com a defesa, a edição da entrevista realizada em 1995 teria sido distorcida. A intenção seria induzir o leitor a pensar que o ator odiava homossexuais, seria simpatizante das idéias nazistas e teria criticado a Rede Globo onde trabalha”, diz o site. Em 2000, a revista foi condenada não somente pela entrevista, mas por ter publicado mais 20 notas que criticavam o ator, entre os anos de 1992 a 1995.
Ainda em 2000, o GGB, Grupo Gay da Bahia, concedeu a Victor o diploma de 100% heterossexual, dado a artistas que entravam na justiça para provar sua “heterosexualidade”. Hoje, aos 61 anos, o ator está fora da TV. Seu último trabalho foi na Record, apresentando um programa sobra a Amazônia.
Eu queria entender como o Victor Fasano não foi preso depois dessa entrevista pra Veja em 1995 pic.twitter.com/ghcp04b097
— Garota Toda Rosa (@garotatodarosa) July 11, 2020
Se essa entrevista com Victor Fasano fosse feita em 2020, ele estaria sendo nomeado o Secretário Especial de Cultura do Ministério do Turismo. pic.twitter.com/7zjyKNLsNv
— @matttvieira no instagram (@mattvieira_) July 11, 2020
Jura que o Twitter tá descobrindo agora que o Victor Fasano é um lixo??
— (sa)Fadinha (@VeigaMichel) July 11, 2020
Fazanos q eu sabia. pic.twitter.com/NHoqngxZH1