Os artistas Kelton CF e Boni foram vítimas de ofensas homofóbicas e racistas na noite de sexta, dia 20, Dia da Consciência Negra. Uma mulher descontrolada causou a maior confusão na Padaria Dona Deôla, no bairro da Pompéia, em São Paulo, ofendendo clientes e funcionários do local. Identificada como Lidiane Biezok, a moça xinga e agride um dos rapazes. Ao pedir calma para a mulher, um funcionário é questionado. “Então aqui é uma padaria gay?”. Em outro momento, ela fala para os rapazes que “dar o cu dá um problema seríssimo”.
No vídeo, gravado por uma das vítimas, a mulher grita diversos palavrões e parte pra cima do rapaz com socos. Em seguida, ela joga objetos nele. As pessoas ao redor pedem para que ele não revide. Assustado, Boni se esquiva das agressões. A polícia foi chamada até o local, mas não fez muita coisa. De acordo com o policial que aparece no final vídeo, ela não poderia ser proibida de entrar no estabelecimento. “Moço, ela não está normal. Ela acabou de agredir todo mundo. Ela me agrediu. Ela não pode entrar aqui dentro” implora Kelton.
Em nota, o estabelecimento confirma o ocorrido e afirma que seus atendentes também foram vítimas de falas preconceituosas. “Lamentavelmente na noite de ontem funcionários e clientes da nossa padaria na Pompeia foram alvos de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas, que podem inclusive configurar crime” diz. De acordo com a direção da Dona Deôla, a polícia foi chamada pela equipe de atendimento, que sempre é orientada a não intervir quando há agressões físicas nas unidades. Questionados por internautas, eles disseram que estão em contato com as vítimas para que as medidas legais sejam tomadas contra Lidiane. Os envolvidos foram encaminhados para a delegacia, onde um boletim de ocorrência foi registrado. A mulher desativou suas contas nas redes sociais na tarde de sábado, dia 21.
No Instagram, Boni agradeceu o apoio de todos e disse que vai fazer o que for preciso para garantir seus direitos. “Os vídeos falam por si e junto ao B.O registrado e o Corpo de Delito, faremos o que for preciso para processá-la e garantir os nossos direitos. Lembrem que essa violência foi uma entre várias e que ‘muitas corpas’ vivem isso diariamente. Permitir que esse tipo de gente tenha o direito de ir e vir nos espaços mesmo depois de tudo o que fez e continue a violentar verbalmente todos os funcionários e agredir fisicamente uma pessoa, sendo tratada com cuidado pelos policiais é a prova que o racismo, o elitismo e a lgbtfobia estão muito bem vivos, ganhando força na normalização da violência” disse. (Leia abaixo o comunicado na íntegra).
2 Comentários
Eu dava um soco nessa vaca
Esse rapaz foi calmo demais
Pessoa de baixo nível, deveriam ter dado um soco na cara dessa vagabunda. Quero ver se irão tomar as atitudes cabíveis por assédio moral, difamação e desacato.