A delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP em Copacabana que investiga as agressões sofridas pelo ator Victor Meyniel, afirmou que o porteiro do prédio, identificado como Gilmar José Agostini, não a tratou bem ao chegar no local e mentiu sobre não ter visto a briga. “Ao chegarmos no prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter”, destacou ao site G1.
Débora ressalta que Gilmar não precisava se envolver na briga, pelo direito de preservar sua integridade física, mas o porteiro deveria ter pedido socorro no momento em que a agressão começou. Ele será autuado por omissão de socorro.
Em sua defesa, Gilmar alegou às autoridades ter telefonado ao síndico quando as agressões começaram.
O agressor Yuri de Moura foi preso em flagrante após moradores auxiliarem a vítima a acionar a polícia. O agressor teria saído para malhar logo após ter agredido Meyniel e detido ao retornar da academia.
Aos policiais, Yuri assumiu a autoria do crime e destacou que era médico militar. “Bati mesmo, assumo que bati. Qual o problema?”. Segundo a polícia, o agressor não tem filiação militar e ainda é estudante de medicina. Ele vai responder por lesão corporal, falsidade ideológica e injúria por homofobia.
Victor teria conhecido o agressor, identificado como Yuri de Moura Alexandre, em uma boate no Rio. Os dois teriam ido pra casa enquanto Yuri ainda se mostrava amigável. Quando ia embora, o ator foi se despedir na portaria no prédio, mas Yuri não teria gostado da “exposição” e teria o agredido. “Na hora de ir embora, o Victor foi se despedir, Yuri não quis. Sem entender, o Victor perguntou o motivo e ao ter a sexualidade revelada ali, ele teve esse surto e aconteceu a agressão”, explicou o advogado em entrevista à jornalista Fábia Oliveira.