Travesti é amarrada e torturada na frente de guardas municipais no Piauí

Um vídeo que circula nas redes sociais desde a noite do dia 19, mostra uma travesti sendo espancada enquanto agentes da Guarda Municipal de Teresina apenas assistem as agressões. O caso ocorreu na manhã de segunda, no bairro de São Joaquim, Zona Norte da capital piauiense. Nas imagens, é possível ver a vítima amarrada no porta-malas de um carro enquanto é agredida por dois homem com um pedaço de madeira.

Identificada como Paola Amaral, ela foi mantida presa em um porta-mala, amarrada e agredida a pauladas por homens sem camisa e descalços. A tortura aconteceu na frente de dezenas de pessoas. A travesti parece estar em um estacionamento de um residencial quando é colocada para fora do carro com os dois pés amarrados, impossibilitando-a de andar, e sendo coagida através de pauladas e de golpes que a deixam caída no asfalto. Eles alegam que ela roubou um botijão de gás.

Após a repercussão na imprensa, a Guarda Civil Municipal de Teresina afirmou através de uma nota que não presenciou o fato, uma vez que chegou ao local posteriormente e declara não concordar com a ação. “Em hipótese alguma, a Guarda Civil Municipal de Teresina defende que seja feita Justiça com as próprias mãos. Por fim, o comando da GCM vai avaliar se houve falhas no procedimento”, diz a organização.

A Antra, Associação Nacional de Travestis e Transexuais,postou o vídeo e pede punição aos responsáveis. “Exigimos uma resposta imediata para identificar e responsabilizar os envolvidos nessa barbárie. É inadmissível a espetacularização da violência contra pessoas trans de forma pública e aceita de forma naturalizada por quem assiste passivamente esse horror!”, escreveu a associação.

“Que ela seja levada a justiça pelo seu erro, mas que tenha suporte diante de tamanha violência. E que esses torturadores que aparecem no vídeo são denunciados, processados ​​e paguem pelo que fizeram. Tortura é crime! Não há justiça com as próprias mãos. Também é importante que a guarnição do GCM que atendeu a ocorrência seja investigada pela transfobia por omissão na forma com que conduziu o caso no local, ao ver a moça amarrada e jogada no chão e não agiu para bloquear e encerrar ali o tratamento desumano a que fé submetida.”

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