Semana passada a drag queen Kaká Di Polly fez um desabafo sobre a realização da Parada do Orgulho LGBT Online com diversos youtubers na apresentação. Em um vídeo, Kaká cobra a presença de personalidades que fizeram a Parada e a noite de São Paulo acontecer durante anos. “São 45 anos dando minha cara a tapa, Silvetty Montilla são 35 anos dando a cara dela a tapa. Lá, em pé naquele trio, durante anos. Cadê o convite de Silvetty Montilla? Aonde foi parar o convite? Aonde foi parar o nosso nome? Quem foi que lembrou de fazer uma homenagem para qualquer uma de nós?”.
Na noite de domingo, dia 21, Di Polly relatou em seu Instagram que foi bloqueada pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. A drag postou um print do Twitter onde aparece que ela está impossibilitada de ver e integrir com as postagens da Parada na rede social. “Aí a prova do que eles estão fazendo” diz a legenda.
O Arrasa entrou em contato com Fabrício Viana, assessor de imprensa do evento, que afirma que a imagem postada pela ativista é falso. “Nem o perfil de Kaká e de nenhuma outra personalidade LGBT tem bloqueio no Twitter da Parada. Estão bloqueados pelo menos uns 20 perfis de pessoas desconhecidas que mandaram mensagens homofóbicas ao longo dos dois anos que cuido da conta, o que demonstra que o print postado por ela é fake”.
Viana disse ainda que a diretoria da ONG APOLGBT, responsável pela realização da Parada, já foi acionada e deve se manifestar sobre as cobranças feitas pelos ativistas. Na sexta, dia 19, Silvetty Montilla também se manifestou sobre a ausência de personalidades da noite LGBT no evento virtual. A Parada Online aconteceu no dia 14 de junho e teve a apresentação dos youtubers Fih e Edu do canal Diva Depressão, Lorelay Fox, Mandy Candy, Spartacus Santiago, Nataly Neri, Louie Ponto, Jean Lucca, Fernanda Soares e Herbert Castro. Foram transmitidos shows de Gloria Groove, Pepita, Ellen Oléria , Liniker e Daniela Mercury. O evento presencial foi adiado para o dia 28 de novembro por conta da pandemia.
Kaká di Polly sobre a parada virtual, sem mais.
— Valdir Junior (@ValdirOlivJr) June 17, 2020
Não que a parada física seja representativa da comunidade e cena LGBTQIA+ de SP também né… pic.twitter.com/YMPAyTfdDh