Cantora Mariana Munhoz é presa acusada de matar amigo

Mariana Eliza, conhecida como Mariana Munhoz, de 49 anos, foi presa na manhã desta terça, dia 30. A cantora e maquiadora é famosa na cena LGBT+ de São Paulo, onde fazia vários trabalhos solidários com pessoas trans e mostrava em seus perfis nas redes sociais. Ela também cantava em diversas casas noturnas, como a Tunnel e Bar Queen. De acordo com a polícia, com a ajuda de um comparsa, Mariana matou Marcelo, seu amigo há mais de 10 anos e ocultou o corpo em uma chácara em maio de 2021. De acordo com o SBT News, a gerente do banco da vítima fez a denúncia do seu desaparecimento.

A Polícia Civil informa que ela, por conhecer Marcelo, aproveitou um momento de fragilidade do amigo que havia acabado de fazer um cirurgia plástica. Ela o matou com uma dose excessiva de medicamentos. Segundo o apurado, ele vivia sozinho, não tinha contato com a única irmã por divergências entre eles. A única parente com quem tinha contato era uma tia, idosa. Em maio de 2021, a vítima decidiu iniciar uma transição de gênero. Aproveitando-se de uma fragilidade do amigo, a mulher juntamente com outro suspeito, decidiram matá-lo.

Após a realização da cirurgia, a assassina, que estava encarregada de cuidar do “amigo” durante o pós-operatório, ministrou para ele uma dose letal de remédios, que foram adquiridos pelo outro suspeito, Ronaldo Bertolini. Após a morte, os criminosos alugaram uma chácara no interior paulista, onde pretendiam ocultar o cadáver. No local, tentaram queimar e enterrar o corpo, sem sucesso. “A ideia não deu certo porque eles não tinham material combustível suficiente. Eles tentam colocar o corpo na churrasqueira do imóvel e a churrasqueira quebra. Eles tentam enterrar o cadáver, porem não da certo porque, segundo eles, a terra é muito compacta”, relata o delegado. 

Os autores passaram a utilizar os bens da vítima, tais como automóvel e imóveis. Passaram a “viver a vida dele”, de acordo com o delegado. A suspeita se passava pela vítima e até conseguiu abrir firma e lavrou procurações em cartórios, para a movimentação bancária, bem como administração dos bens. Passou, inclusive, a receber os aluguéis e a mesada que a tia destinava a ele. Passou ainda a a gerir os bens da idosa, efetuando enorme desfalque (fatos investigados na Delegacia de Proteção ao Idoso de São Bernardo).

O outro suspeito, por sua vez, utilizou os cartões da vítima para comprar “enxoval de casamento”, bem como vendeu o veículo em uma operação fraudulenta no Rio de Janeiro. A situação só começou a ser desvendada em abril de 2022, quando a gerente da conta bancária da vítima desconfiou da Procuração apresentada pela suspeita para a movimentação bancária. A gerente entrou em contato com o escrevente que lavrou a procuração, descobrindo que a pessoa que se passou por ele era na verdade outra.

A gerente entrou em contato com a irmã de Marcelo, que tomou finalmente ciência da situação. Ao procurar o irmão, descobriu que ele não era visto desde maio de 2021. Assim, compareceu ao 2º DP de São Bernardo, onde registrou o DO de desaparecimento.

Em 15 de agosto, foi realizada diligência ao município de Campo Limpo Paulista, local onde se situa a chácara utilizada na tentativa de ocultação do cadáver. Foi igualmente localizado o local onde a vítima teria sido jogada, as margens da Rodovia Edgar Máximo Zamboto, km 58. Em pesquisa junto à Delegacia de Campo Limpo Paulista, chegou-se ao Boletim de Ocorrência, que versa sobre localização de cadáver (ossada), em julho de 2021, no local apontado. Seria provavelmente, dos restos mortais da vítima.

Após, extenso trabalho investigativo, foi possível reunir elementos suficientes para a decretação de cautelares, tais como ordem de busca e apreensão e bloqueio de bens, assim como as prisões temporárias dos suspeitos por 30 dias.

Nesta segunda-feira (29/09), foi dado cumprimento ao Mandado de Prisão Temporária expedido em desfavor da suspeita, sendo recolhida junto à Cadeia Pública de São Caetano. Procurado o outro suspeito, não foi localizado.

Globo confundiu Mariana com Luisa Marilac

A youtuber Luisa Marilac tomou um susto após ver centenas de ligações no seu celular e marcações nas redes sociais na noite desta terça, dia 30. O rebuliço aconteceu após a sua imagem ter sido mostrada no SP 2, jornal local da Globo em São Paulo, como se fosse Mariana Munhoz, mulher trans acusada de ter matado um homem.

“Tá uma loucura. Eu não estava assistindo na hora, Fiquei sabendo por amigos e fiquei apavorada” disse ela com exclusividade ao Arrasa. Mariana é colega de Luisa e sempre postava seus vídeos no Instagram, o que confundiu a polícia e a TV Globo. Ela é acusada de matar um amigo para ficar com o seu dinheiro. No final do telejornal, o âncora José Roberto Burnier pediu desculpas para a influenciadora.

“Nós no inicio do jornal falamos de um crime lá em São Bernardo do Campo e mostramos um vídeo da youtuber Luisa Marilac como se fosse da suspeita Mariana Elisa Paulo. O vídeo foi passado pela polícia porque Mariana havia postado esse vídeo nas redes sociais dela. Agora há pouco o delegado falou com a nossa produção e admitiu o erro. Aos espectadores pedimos desculpas e também para a Luisa”, disse Burnier.

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