Thammy Miranda assina CPI contra Padre Júlio, que já o defendeu de transfobia

A Câmara Municipal de São Paulo vai abrir uma CPI para investigar ONGs que trabalham com pessoas em situação de rua. Um dos alvos da investigação é o padre Júlio Lancellotti. Entre os vereadores que apoiam a perseguição está o de Thammy Miranda (PL). Em 2020, Thammy, um homem trans, sofreu ataques pesados de bolsonaristas por estrelar uma campanha do Dia dos Pais promovida por uma empresa de cosméticos.

Quem saiu em sua defesa foi o padre Júlio. Durante uma missa na paróquia São Miguel Arcanjo, ele provocou os fiéis: “O que ofende a tal moral cristã? O pai trans que cuida de seu filho? Ou o abandono, a fome, o desrespeito, o veto ao Auxílio Emergencial às mães que criam seus filhos sozinhas?”, questionou na época.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) quer investigar ONGs que fazem trabalho social na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo, especialmente o Padre Júlio Lancelotti e o movimento A Craco Resiste.A organização faz um trabalho de acolhimento aos viciados da região.

Assinatura de Thammy em documento da CPI

O pedido de CPI foi protocolado na Câmara Municipal em 6 de dezembro de 2023 pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) e ex-advogado do ex-deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, cassado pela Alesp em 2022 por quebra de decoro parlamentar.

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