Morre Miss Biá, pioneira do movimento drag queen no Brasil

Morreu nessa quarta, dia 3 de junho, vítima da covid-19, a drag queen Miss Biá, uma das pioneiras do movimento drag em São Paulo. Eduardo Albarella tinha 80 anos de idade, 60 de carreira e era conhecido por seus figurinos exuberantes e pelas histórias que contava dos “tempos áureos”. Enfrentou o auge da ditadura e fez com que os shows de drag queens fossem reconhecidos na noite de São Paulo. Foi maquiador da apresentadora Hebe Camargo e era fã de Carmen Miranda, a quem fazia várias homenagens nos shows.

Biá era conhecida pela sua simpatia na região onde morava, na Avenida Viera de Carvalho, no Centro. Em 2017, em entrevista ao portal G1, ela contou como começou sua carreira na noite. Aos 21 anos, ainda morador do Brás, saiu com algumas amigas para um cabaré na Avenida Rio Branco e se encantou pelas apresentações. “Não existia show de transformistas, mas eu fiquei encantado. Aí falei: ‘eu também quero fazer’” contou na época. “Onde eu estiver, a mais velha sempre sou eu. Porque não tem ninguém antes de mim”.

Vários artistas se pronunciaram sobre a perda de Biá. “Miss Biá foi uma grande artista, lutou muito pela cultura da arte drag, ela representa resistência! Vai fazer muita falta! Sempre com seu sorriso, sua elegância e seu gritinho que marcou! Obrigada por tudo eterna Diva , obrigada por inspirar tanto” lamentou Arezuta Lovi, relembrando um ensaio feito por ela, Biá, Silvetty Montilla, Glória Groove e Lia Clark.

Biá com Rogéria

Homenagem de Aretuza Lovi

Miss Biá nos palcos.

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