Gangue formada por homens e travestis assalta pedestres em plena luz do dia no centro de São Paulo

Uma gangue formada por homens e travestis que fingem que estão fazendo programa para assaltar pedestres tem ficado cada vez mais conhecida pelo centro de São Paulo. Há anos os criminosos ficam ilesos após atacarem as pessoas que passam pela região da Rua Rêgo Freitas e Santa Isabel, na República. A mesma turma atua próximo a saída do metrô Republica. A Rádio CBN teve acesso a imagens feitas por moradores da região há uma semana. Em uma delas, uma travesti de peruca ruiva se aproxima de um homem e consegue imobilizá-lo até a chegada do restante do bando que tira todos os pertences da vítima. A senhora que grava as imagens narra a ação dos criminosos. “Fingindo que está ajudando e tá roubando mais ele ainda. Vai assaltar mais. É a gangue da Santa Isabel”, diz ela.

Em conversa com a rádio CBN, um vizinho da autora das imagens, que também não quis se identificar, diz que são travestis que fingem que estão se prostituindo para tentar roubar quem passa. “Fingem se prostituir naquela esquina para ficar de olho nas pessoas. Ficam esperando os clientes dos bares ir embora para casa e eles abordam com facas, garrafas… Ninguém está com atitude transfóbica. Na verdade, quando estamos falando de travestis, estamos falando dessa gangue que fica na esquina”.

A trans que aparece no vídeo segurando o rapaz é bem conhecida no centro por dar o famoso “beijo”, gíria usada pelas marginais que denomina uma técnica de abordar pedestres desatentos e conseguir subtrair algum pertence sem que a vítima perceba. Essa estratégia foi tema de uma reportagem do Profissão Repórter em 2018, quando o jornalista Roberto Cabrini conversou com algumas das ladras que atuam na região. (Veja o vídeo abaixo)

O que diz a polícia

A CBN informa que imagens que mostram as abordagens violentas dos assaltantes já estão com a equipe da delegacia de Santa Cecília. No entanto, há um desafio para a investigação: o delegado titular da delegacia de Santa Cecília, Severino Pereira de Vasconcelos, relatou que até o momento não houve registro de boletins de ocorrência dos casos filmados. No mês de julho, nenhuma vítima neste endereço foi até a delegacia registrar boletim de ocorrência por tentativas ou assaltos sofridos. Na internet, vários relatos dão conta que há negligência por parte das delegacias na hora de registrar as ocorrências. “Eles dizem que estão sem sistema e pedem para fazermos B.O pela internet”, relata uma das vítimas.

Reportagem do SBT sobre a gangue de travestis que assaltam pedestres em 2018

Geraldo Luís alerta público da Record TV sobre a gangue na Record

Imagens da Record TV de 2015

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1 Comentário

Carlos Henrique Silveira 16 de julho de 2021 - 23:53

Fico com vergonha de ser LGBT por causa desse tipo de marginal. Cadeia neles!

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